Era uma dessas bicicletas com dois assentos e meu novo companheiro ia no banco de trás me ajudando a pedalar.
Não me lembro bem de quando foi que ele sugeriu que mudássemos de lugar, mas, desde então, minha vida não foi mais a mesma.
Enquanto eu estava no controle, eu sabia o caminho. Era bastante chato, mas era sempre a previsível menor distância entre dois pontos. Mas quando ele tomou a iniciativa, ele passou por incríveis descidas, por vales, por cima de altas montanhas e por lugares rochosos em perigosa velocidade.
Embora parecesse loucura, ele disse, - Pedale! Eu estava preocupado e ansioso e perguntei, para onde você está me levando? Ele riu e não respondeu, e eu comecei a aprender a confiar.
Eu me esqueci de minha vidinha chata e embarquei na aventura. E quando eu dizia, - Estou com medo. Ele apenas tocava em minha mão.
Eu conquistei amor, paz, aceitação e alegria; presentes recebidos em nossa jornada. E lá íamos nós.
Ele disse, doe estes presentes. São bagagens extras, peso demais. Então eu fiz isto, dei os presentes para as pessoas que encontramos, e acho que ao dar eu recebi. Mas nossa carga estava mais leve.
Eu não confiei a ele, logo de cara, o controle de minha vida. Eu achava que me arruinaria; mas ele conhece bem os segredos da bicicleta, sabe como fazer cada curva, sabe como evitar as pedras altas, sabe como saltar para encurtar as passagens assustadoras.
Estou aprendendo a pedalar por lugares que me eram estranhos e estou começando a apreciar a vista e a brisa fresca em meu rosto, sempre com meu companheiro, Jesus Cristo.
E quando eu estou certo de que não posso fazer mais, ele apenas sorri e diz - "PEDALE".